28.5.16

DISSEMELHANTES

Talvez tenhas razão. Dou por mim a calcular as palavras que me disseste. Nem sei se as interpretei correctamente. Vai sempre uma longa distância entre o que se diz e o que se ouve.
Primeiro defendo-me sempre. Quando tentam fazer de nosso espelho, refutamos sempre o reflexo. Argumento bem até a razão que sei que não tenho. Hei de saber mais de mim.
Não queria baralhar ninguém com o meu discurso semelhante. Essa parte já percebi. Não é teasing, nem deixa de ser. É só discurso. Repara que na maioria das vezes deixo à interpretação os textos que faço. Conheço quem reclame para si cada texto que escrevo.
Cabe num texto tanto quanto sei da vida que imagino. Imagina agora o quanto poderá caber na imaginação.
Às vezes, dou-me o beneficio da dúvida e questiono a minha própria confusão. Perco-me tantas vezes nas minhas conclusões. As respostas vêm com a vida. Aquela que transforma o sinal de proibido num sentido obrigatório, nos cinco minutos que se seguiram à aceitação da inversão de marcha.
Bastou um minuto entre a conversa e a azafama que se vive nessa casa e todos os sinais mudaram.

Sem comentários:

Enviar um comentário