27.2.15

A TUA MÃO NO MEU PESCOÇO

Consegues ser tão bruto às vezes. Quando te sou urgente, és bruto.Essa tua necessidade de me tomar nem me deixa fechar a porta. Se tivéssemos vizinhos a roupa no patamar da entrada seria escancarar a intimidade. Assim só escancaramos o desejo, quando me abres (a porta).
Vale-nos vivermos isolados. Gritar o amor é bonito. Mesmo que soe a sexo. E o amor só chega quando já nos doí o corpo. Durante, falamos de sexo. É importante usar a língua e os nossos corpos conversam tão bem sem palavras.
Está calor aqui. Sempre que me lembro da tua mão no meu pescoço, fica quente.
Não sejas bruto, puxa-me antes os cabelos. Deixa menos marcas e para sermos animais, que sejamos livres. Ainda não percebi que bicho és mas pelo domínio, és macho. Daqueles que abusa da expressão de rei, sempre que me tens como rainha.
Caí de 4, que não te ver mas saber-te a ostentar o poder, sempre me apaixonou. E és tão grande na exibição que me preenches o ego. É aquela atitude arrogante, de querer estar por cima mesmo quando estou sobre ti a marcar o ritmo. Gosto de dançar contigo. Dos passos lentos aos passos rápidos e, no fim, aquele último passo em que me deitas.
Mas antes… Antes… Põe a tua mão no meu pescoço.

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