Tenho saudades tuas.
F#*k, tenho mesmo.
Saudades de te olhar e te ver (que nem sempre se vê quando se olha) e de te saber a olhar-me da mesma forma (que também senti que me vias, num ver de dentro e para dentro).
Saudades dessa forma de mexeres na barba e torceres os cantos do bigode, como se te ajudasse a pensar e te mantivesse no caminho certo do raciocínio (embora continue a achar que te levou para o lado errado no primeiro cruzamento).
Saudades das conversas com sentido e com o seu quê de profundo, que no limite foram misturando o meu lado poético-pastoril e o teu lado mais terra-a-terra. Também tenho saudades das conversas tolas e dos delírios, em antevisões do que poderia caber no nosso meio mesmo quando não dávamos espaço para que houvesse meio entre nós. Porque das poucas vezes em que nos encontrámos no mesmo espaço não cedemos aos corpos meio de separação.
Saudades dessa falta de espaço e, se houvesse meio, não te permitia outro caminho que não fosse o que te traz de volta a ti, para poderes chegar a mim.
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