É um "cliché" fazer-se uma revisão do ano por esta altura mas não tenho como não o fazer. 
Sinto-me cheia na alma. Foi um ano muito farto nas incertezas. Com dificuldades acrescidas, feridas sofridas e atitudes assertivas. O tempo demorou-se na cura mas refez-se. Com o passar dos dias em relógio volto-me para dentro na lembrança do que foi para aprender a ser. A força aumentou na confiança do que se é e se vale.
Agora que o ano passou e as horas e dias são revistos descobrem-se apenas os bons momentos. Aos outros acena-se o adeus. Por isso, sinto-me cheia na alma.
Neste ano que passou, re-descobri tanta coisa. Refiz amizades e acrescentei umas tantas. Encontrei pessoas que, realmente, gostei de conhecer e reconhecer… que não se impõem em presenças diárias, que revemos quase de ano a ano, mas que de alguma forma, mesmo na estranheza do pouco tempo, teríamos o prazer de dedicar mais algum… pessoas que de alguma forma nos interpretam em minutos, nos imprimem um sentimento melhor e nos revelam em grandeza. 
Alguns passam acelerados e só notamos a marca em relevo mais à frente. Outras demoram-se pela vida em reviravoltas de altos e baixos. Uns sabemo-los para a vida e vêm desde que nos lembramos de a ter. 
Outros conhecemos no agora e num sem mais nem menos queremos ver lá á frente. E depois há a família, aquela que nos faz refazer. Que luta, em luta diária, para transformar a lágrima em sorriso e que consegue. 
Há "obrigadas" que nada têm de obrigação, que vêm do fundo do coração. Neste meu, que está cheio, cabem muitos.

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